»

WebTV Coisas De Negro live

sábado, 4 de junho de 2011

Matéria Sobre o Curimbó de Bolso no Diário do Pará de Hoje

Um jeito urbano de fazer carimbó


Sábado 04/o6/2011

Música que soa ribeirinha, fala de floresta, de lenda cabocla, e mistura acordes psicodélicos de guitarra com percussão indígena. De batuques da tradição paraense e do flerte com o rock, com a MPB e até mesmo com a música erudita se faz a sonoridade do Curimbó de Bolso.
“Estamos fazendo música contemporânea. Escutei muita música erudita, MPB, rock – de Pink Floyd a Alceu Valença e Mozart. Todas essas influências dialogam com o que fazemos. É um jeito urbano de fazer carimbó”, diz Félix Faccom, fundador do grupo que acaba de lançar seu segundo disco e faz shows hoje e amanhã no Espaço Cultural Coisas de Negro, em Icoaraci.
O novo trabalho traz 13 faixas inéditas, todas assinadas por Félix, principal compositor da trupe formada por dez integrantes, entre eles, nomes de prestígio da música paraense, como Fábio Cavalcante e Maurício Panzera.
O álbum traz parcerias nas faixas “Comida de Caboclo”, de Osmarino Telles e Ronaldo Farias; e “Espelho de Raiz”, de Deodoro Oliveira, que abre o disco.
“A primeira canção tem a ambiência de uma novena. É um agradecimento a Deus e uma forma de abençoar o nosso trabalho”, revela Faccom, músico autodidata, que começou a tocar flauta doce aos 13 anos, em Óbidos, cidade do Médio Amazonas, coração da floresta.
“Quando falo que gosto de peixe, é porque comi esse peixe. Falo do sabor das frutas, dos animais, dos pássaros, tudo isso eu vivi. É um testemunho de vida, de relação com a vida selvagem”, pontua o compositor, que se mudou para Belém há 20 anos, e desde então se dedica a pesquisar ritmos tradicionais paraenses.
O trabalho culminou na criação do Curimbó de Bolso, formado há oito anos. Em 2005, o grupo lançou o primeiro disco, “Cantação Amazônida”. O segundo foi gravado em dezembro do ano passado e sai agora pelo selo Ná Figueredo, com patrocínio do Conexão Vivo.
“Sempre vai ter espaço para a música de raiz. Com a história da globalização, o mundo fica louco para saber o que se ouve no fundo da mata. É a curiosidade de buscar o diferente”, defende o empresário Ná Figueredo, nome à frente do projeto, que inclui ainda o lançamento de mais cinco discos: Magrus e Adriana Cavalcante, Delcley Machado, Tony Soares, Juca Culatra e Mestre Curica.
“Vamos lançar ainda o Fábio Cavalcante e um disco com três canções inéditas do Mestre Verequete, gravadas numa passagem dele pelos nossos estúdios”, adianta Ná.
Nos shows deste final de semana, o Curimbó de Bolso sobe ao palco com uma formação mais enxuta: Luiz Bolla, Douglas Dias, João Paulo e Marcinho na percurssão; Allan Carvalho, violão e voz; banjo e vocal com Félix Faccom; flautas com Antônio Geraldo e Esquilo, que também toca sax soprano. A banda toca ainda no próximo dia 7, no Teatro Margarida Schivasappa, no Centur.
ASSISTA
Shows da banda Curimbó de Bolso. Sábado (4), às 22h, e domingo (5), às 20h, no Espaço Cultural Coisa de Negro (rua Lopo de Castro, 1.081, entre 5ª e 6ª Rua, Icoaraci).
(Diário do Pará)




0 comentários: