Pesquisa sobre o Espaço Cultural Coisas de Negro, de Icoaraci, será divulgada ao público no IAP
O Instituto de Artes do Pará (IAP) dá prosseguimento hoje ao projeto Saber da Fonte, que busca levar ao público pesquisas acadêmicas sobre o universo cultural da Amazônia. Nesta terça-feira, a pesquisadora Luciane Santana Bessa falará sobre resistência cultural e identidade na palestra “Carimbó.net - Racismo, Resistência, Tradição e Militância”. A palestra começa às 18h30, no auditório do IAP (Nazaré, ao lado da Basílica).
Jornalista e pesquisadora, Luciane Bessa apresentará o resultado de sua pesquisa sobre resistência cultural e identidade produzida em 2007, a partir do Espaço Cultural Coisas de Negro. Neste trabalho foi discutido o conceito de hibridismo cultural de Nestor Garcia Canclini, no qual é analisado o movimento de retorno às referências culturais tradicionais em um contexto globalizado, com especial valorização da herança cultural afro-indigena.
Em 2010, o projeto foi vinculado à Universidade Federal do Pará, assimilando novas metas e expandindo seus objetivos. Além de estar construindo a Biblioteca Digital do Carimbó, o projeto finaliza os preparativos para que a equipe realize um diagnóstico sobre o carimbó de Icoaraci, onde localiza-se o Espaço Coisas de Negro.
O espaço, aliás, tem se integrado à universidade de diferentes maneiras. Além de ter sido objeto de estudo, tem oferecido oficinas, participado de debates e realizado apresentações artísticas em eventos da UFPA desde 2005.
Luciane Bessa é jornalista e produtora cultural do Espaço Cultural Coisas de Negro e da Universidade Federal do Pará. Coordenou a Rádio Comunitária Resistência FM e o grupo de arte-educação popular Canal Arte. Produziu o I Festival de Carimbó de Icoaraci, a I Semana da Consciência Negra Resistência FM e Semana da Democratização da Comunicação, entre outros eventos voltados para a arte e comunicação popular.
SERVIÇO
Projeto Saber da Fonte. Hoje, às 18h30, palestra “Carimbó. net - racismo, resistência, tradição e militância”, de Luciane Santana, no auditório do Instituto de Artes do Pará (Nazaré, ao lado da Basílica). Entrada franca.
(Diário do Pará)
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