Lucio Fulci: ‘O Gore Sofisticado’
Foi na Itália de Federico Fellini e Luchino Visconti que surgiu um dos nomes que imortalizariam o gênero horror. Lucio Fulci, que começou realizando comédias pueris, depois westerns, até chegar ao gênero que o fez um dos mais brilhantes realizadores do cinema, o “horror”. Lucio Fulci nasceu em 17 de junho de 1927 e morreu em 13 de março de 1996. Apesar de passear, no começo de sua carreira, por vários gêneros, foi nos filmes de terror, que Fulci alcançou maturidade imagética. Seus enquadramentos precisos, e sofisticados, com suas cenas repulsivas e sangrentas, mostradas com riquezas de detalhes, chamado de ‘Gore’, estabelecem uma relação rara – quando se fala em filmes de terror, sobretudo com alguns títulos realizados no cinema americano, especialmente na década de 80, que não tinham nenhuma preocupação estética-, com o cinema, sobretudo com o cinema de autor. Realizou uma das obras mais violentas do cinema, um Giallo chamado “Non si Sevizia um Peperino” (1972). Ficou cindo anos sem realizar nada, em função das acusações que recebeu da igreja católica. É apenas em 1978 que Fulci retoma suas atividades, convidado pelo produtor Fabrizio de Angelis para fazer parte da Fulvia Film. É nessa parceria que encontramos as mais belas obras da carreira do italiano, com o primeiro filme da empreitada e uma das grandes obras do cinema italiano, “Zombie” (1978), Fulci nos joga em um filme onde a trama é um mero ponto de partida, o que interessa ao diretor é a criação de atmosferas, a imersão em ambientes macabros, aliado ao seu profuso derramamento de sangue. O filme joga na tela a beleza e força cinematográfica que poucos realizadores conseguiram alcançar, influenciou os famosos diretores George Romero e Quentin Tarantino. A utilização sublime da câmera subjetiva, a camada sonora exagerada e a preocupação com a força da imagem são dispositivos levantados pelo diretor. E são eles que permitem gritar uma assertiva perante o mundo: que Lucio Fulci não era um mero ‘brincalhão das tripas’ mas sim um talentoso e sofisticado arauto da sétima-arte.
Foi na Itália de Federico Fellini e Luchino Visconti que surgiu um dos nomes que imortalizariam o gênero horror. Lucio Fulci, que começou realizando comédias pueris, depois westerns, até chegar ao gênero que o fez um dos mais brilhantes realizadores do cinema, o “horror”. Lucio Fulci nasceu em 17 de junho de 1927 e morreu em 13 de março de 1996. Apesar de passear, no começo de sua carreira, por vários gêneros, foi nos filmes de terror, que Fulci alcançou maturidade imagética. Seus enquadramentos precisos, e sofisticados, com suas cenas repulsivas e sangrentas, mostradas com riquezas de detalhes, chamado de ‘Gore’, estabelecem uma relação rara – quando se fala em filmes de terror, sobretudo com alguns títulos realizados no cinema americano, especialmente na década de 80, que não tinham nenhuma preocupação estética-, com o cinema, sobretudo com o cinema de autor. Realizou uma das obras mais violentas do cinema, um Giallo chamado “Non si Sevizia um Peperino” (1972). Ficou cindo anos sem realizar nada, em função das acusações que recebeu da igreja católica. É apenas em 1978 que Fulci retoma suas atividades, convidado pelo produtor Fabrizio de Angelis para fazer parte da Fulvia Film. É nessa parceria que encontramos as mais belas obras da carreira do italiano, com o primeiro filme da empreitada e uma das grandes obras do cinema italiano, “Zombie” (1978), Fulci nos joga em um filme onde a trama é um mero ponto de partida, o que interessa ao diretor é a criação de atmosferas, a imersão em ambientes macabros, aliado ao seu profuso derramamento de sangue. O filme joga na tela a beleza e força cinematográfica que poucos realizadores conseguiram alcançar, influenciou os famosos diretores George Romero e Quentin Tarantino. A utilização sublime da câmera subjetiva, a camada sonora exagerada e a preocupação com a força da imagem são dispositivos levantados pelo diretor. E são eles que permitem gritar uma assertiva perante o mundo: que Lucio Fulci não era um mero ‘brincalhão das tripas’ mas sim um talentoso e sofisticado arauto da sétima-arte.
Aerton Martins (APJCC)
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